quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

' Óh Vida !











É tão efémero! Hoje exclamei para o mundo em mim;


Passageiro e transitório, encantador e real.

Oh vida, o que és tu afinal?
Qual o teu sentido? qual a tua alegria?
Serás mesmo como definida no dicionário: um estado de euforia?
Se o que ontem se viveu, se resumiram a lembranças,
E tudo o que pode ser o amanhã, hoje são apenas esperanças.
Quem pode te entender? quem pode te explicar?
Se és como água escorrendo pelas mãos,
És como um voo para o qual não há chão.
Tão simples que chega a complicar,
Tão linda que pode machucar.
Venha e nos diga, dê um conselho,
Revele sua face, mostre nos a saída.
Ninguém consegue te desvendar, ninquém pode te vencer,
As honras e riquezas ganhadas, não definem o teu ser.
E tu querido Criador, único capaz de desvendar
Este lindo mistério...Que só tu podes revelar.
Do sentido, beleza, tudo capaz de fascinar...
Então amigo, caminhe conosco
Em meio a toda essa efemeridade,
Para que a noite, quando " adormecido o tempo"
Não chore toda a cidade.



E pra que a solidão não venha a nos vencer, ou o vazio de um sentido não haver.


Ps: Autor da vida, obrigada por permitir a mim te conhecer...
Pois toda efemeridade fez-se em razão, sinto-me viva então!

' Cíntira Rodrigues .